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quinta-feira, 31 de maio de 2018

SIGNIFICADO DA PALAVRA HABIB






Habib é uma palavra em árabe que significa "amado" ou "querido", mas que também é utilizado como um sobrenome ou um nome próprio do sexo masculino.

O nome Habib é muito é popular na região do Oriente Médio, África e França.

Habib também é utilizado por casais, para chamar o companheiro ou companheira de "amor", "meu amor", e outros apelidos carinhosos. Habib ainda é um termo muito comum em músicas, em especial nas danças do ventre, e em outras músicas oriundas da cultura árabe.
No Brasil, o termo habib é mais conhecido como sobrenome ou mesmo nome próprio de indivíduos de origem árabe.
No entanto, a palavra só ganhou notoriedade no país com a massificação de uma rede de fast-food de comida árabe - Habib's - que está presente em todas as regiões do Brasil









SIGNIFICADO DE ALLAHU AKBAR






Allahu Akbar é uma expressão em árabe que significa “Alá é Grande” ou "ALLAH  é o Maior", na tradução para o português.

Conhecida em árabe como Takbir ou takbeer, a expressão Allahu Akbar é uma reverência à Deus, bastante utilizada entre os muçulmanos.

De acordo com a tradição islâmica, todo o muçulmano deve começar as suas orações diárias com a expressão Allahu Akbar, simbolizando o seu desligamento com o mundo material e iniciando o seu estado de meditação espiritual, como se estivesse pedindo permissão para estar a presença de Allah (Deus).

Na realidade, o Allahu Akbar pode ser utilizado em diversas ocasiões, desde em orações formais, até em manifestações de alegria e jubilo.
Por exemplo, os muçulmanos costumam comemorar algo que era muito aguardado utilizando esta expressão, como se a grandiosidade de Deus fosse responsável pela graça alcançada.
Erroneamente, muitas pessoas associam a expressão Allahu Akbar com as atividades terroristas. Devido ao fato de muitos fanáticos religiosos que participam de ataques terroristas também utilizarem esta expressão, o Allahu Akbar ganhou uma conotação pejorativa entre alguns grupos de ocidentais mal informados.
Porém, Allahu Akbar não possui nenhuma ligação direta com a prática de atos terroristas, apenas é uma expressão comum entre os árabes e que foi apropriada por estes grupos que espalham o terror entre os seus inimigos.

SIGNIFICADO DO AS SALAMU O ALEIKUM

O que é AS SALAMU O ALEIKUM:




As Salamu o Aleikum :  é uma expressão árabe utilizada pelos muçulmanos como uma saudação, e significa: “que a paz esteja sobre vós”.
Originalmente, a grafia correta desta expressão é Salaam Aleikum ou As-Salamu Alaikum, sendo que “salamaleico” seria a versão aportuguesada desta saudação árabe.
Quando alguém diz “salamaleico” para determinada pessoa, a resposta esperada deve ser: Alaikum As-Salaam ou Aleikum Essalam, que significa "esteja a paz de Deus sobre vós também”.
A partir deste termo, surgiu a palavra salamaleque na língua portuguesa, que possui o significado literal de “a paz esteja contigo”, mas também utilizada para se referir a um cumprimento demasiado polido e sem naturalidade.
Esta saudação é comum principalmente entre os muçulmanos que seguem a doutrina religiosa do islamismo.

O SIGNIFICADO DE MUÇULMANO




O que é ser muçulmano Muçulmano é todo o indivíduo que se converte e segue a doutrina do Islamismo, religião monoteísta que foi supostamente fundada pelo profeta Muhammad.

Muitas pessoas confundem erroneamente os árabes com os muçulmanos, como se ambos os termos fossem sinônimos. No entanto, árabe é a designação dada a etnia, enquanto muçulmano se refere exclusivamente às pessoas que acreditam e se identificam com a religião islâmica.

A referência de qualquer muçulmano e um dos símbolos mais importantes do islamismo é o Alcorão, o livro sagrado desta religião e que, supostamente, teria sido escrita pelo profeta e criador do Islão: Muhammad,

A palavra muçulmano teria origem a partir do verbo árabe aslama, que originou o termo muslin, que pode ser traduzido como “submetido a Deus” ou “aquele que se submete à fé de Deus”..


quinta-feira, 24 de maio de 2018

ERROS E DÚVIDAS NO MÊS DO RAMADAN



1)      Focar-se mais na comida a ponto de se preocupar mais em comer do que em jejuar.  Isto também ocorre junto com o ato de se gastar grandes quantidades de dinheiro em Iftars  mesmo que a pessoa não necessite comer determinada quantia de alimento.

2)      Fazer o Suhr muito tempo antes do Fajr. Algumas pessoas comem o Suhr poucas horas depois do Tarawih ou do Isha, isso é errado. Deve comer-se perto do horário da oração do Fajr.

3)      As pessoas não fazem a niyyah (intenção) para jejuar no Ramadhan. Isto é algo que está dentro do coração e não precisa ser verbal. Além disso, ela só precisa ser feito uma vez, no início do Ramadhan, e não todos os dias.

4)      Se você descobrir tarde demais que Ramadhan já começou, você deve parar de comer e jejuar neste dia, e em seguida, repor esse dia depois do fim do Ramadhan.

5)      Muitas pessoas acham que o Tarawih não é rezado na primeira noite do Ramadhan. Eles acreditam que você deva rezá-la após o primeiro dia em que você realmente jejuou. Esquecem-se que o calendário islâmico é regido pela lua e o Maghrib marca o começo de um novo dia.

6)      Muitas pessoas acreditam que comer ou beber por acidente quebra seu jejum. Isso é falso, se você fizer isso por acidente, então você deve continuar em jejum e não necessita repor este dia em outra altura do ano.

7)      Algumas pessoas são da opinião de que ao ver alguém comendo ou bebendo, não se deve lembrar a mesma que ele/ela está em jejum. De acordo com o Shaykh Bin Baz, isto é incorreto e é um comando de Allah que nos ordenemos o bem e proibamos o mal. Assim, podemos dizer a pessoa, pois, assim, estaremos proibindo o mal.

8)      Muitas irmãs acreditam que não possam usar Hennah durante o jejum. Isso é incorreto, elas estão autorizadas a usá-lo durante Ramadhan.

9)      Algumas pessoas acreditam que quando você está cozinhando você não pode provar a comida para checar a quantidade de tempero está adequado. Isto é falso, e é permitido no Islã, desde que a pessoa que está cozinhando não coma a comida. Ao contrário, eles podem prová-la para ver se ela precisa de sal ou mais especiarias.

10)   Muitas pessoas pensam que você não pode usar o Miswak ou uma escova de dentes durante o Ramadhan. Isto é incorreto, pois, o Profeta costumava usá-lo. Além disto, você pode usar o creme dental; o raciocínio feito pelos estudiosos é que o Miswak libera apenas um aroma na boca, assim, a pasta de dentes também é permitida (se você não comê-la).

11)   Algumas pessoas fazem o Adhan do Fajr  mais cedo. Eles fazem isso para que as pessoas possam parar de comer antes de Fajr e não invalidarem o jejum. Isto está errado e é algo que não devemos fazê-lo.

12)   Algumas pessoas fazem o Adhan do Maghrib mais tarde. Eles fazem isso para as pessoas possam começar a comer mais tarde, no caso de que o horário do Maghrib ainda não tenha entrado. Isso também é errado e não devemos fazê-lo.

13)   Muitas pessoas acreditam que você não pode manter relações sexuais com seu cônjuge durante todo o mês do Ramadhan. Isto é incorreto, você não pode fazer isso somente durante os momentos em que você está jejuando. Entre o Maghrib e o Fajr é permitido.

14)   Muitas mulheres acreditam que se o período menstrual dela acabar e elas não fizeram o Ghusl, não podem jejuar naquele dia [considerando que seu período se encerrou à noite, e eles foram para a cama sem Ghusl, e ao acordar elas não tiveram a chance de fazê-lo]. Isto é incorreto, se uma mulher não fez Ghusl ela ainda pode jejuar.

15)   Muitos homens acreditam que se ele teve relações sexuais com sua esposa e não fezGhusl (similar ao anterior), então ele pode não jejuar na manhã seguinte. Isto também é incorreto, pois ele pode jejuar, mesmo se ele não tiver feito o Ghusl
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16)   Algumas pessoas rezam orações do Dhur e Asr juntas durante o Ramadhan(principalmente em países árabes). Isto é incorreto e deve ser evitado.

17)   Algumas pessoas acreditam que você não pode comer até que o Muadhin tenha feito oAdhan do Maghrib. Isto é incorreto, a partir do momento em que ele começar, uma pessoa pode quebrar seu o jejum.

18)   Muitas pessoas não tiram proveito do ato de fazer D'ua antes da quebra do jejum. Esta é uma das três vezes em que Deus aceita o D’ua de uma pessoa sem barreiras.

19)   Muitas pessoas cometem o erro de passar o final do Ramadhan se preparando para o'Eid, negligenciando assim o seu jejum. Isto é incorreto e tais pessoas se esquecem do real motivo em se jejuar neste mês.

20)   Muitos pais não deixam seus filhos jejuarem durante o Ramadhan (crianças). Isto é algo que prejudica a criança. Ao permitir que ela jejue, a mesma irá crescer consciente da excelência deste ato.

21)   Muitas pessoas pensam Ramadhan é apenas deixar de comer e falham ao controlar seus temperamentos e ao observar o que dizem. Na realidade, devemos controlar nossos temperamentos e bocas ainda mais durante o Ramadã.

22)   As pessoas muitas vezes fazem mal uso de seu tempo durante o Ramadhan. Dorme durante o dia e não fazem mais nada além disto. Devemos aproveitar este mês abençoado por fazer Ibadat (adorações) extra.

23)   Algumas pessoas não viajam durante Ramadhan. Eles acreditam que devem quebrar o jejum quando se viaja. Na verdade, isto é opcional, se você quiser quebrar seu jejum durante a viagem você pode [com tanto que reponha-o mais tarde], e se você não quiser pode continuar jejuando.

24)   Muitas pessoas que estão aptas não fazem I'tikaf na mesquita. Devemos aproveitar a nossa boa saúde e gastar o máximo tempo possível no Masjid, especialmente nos últimos dez dias do Ramadhan.

25)   Algumas pessoas acreditam que não pode cortar os cabelos ou unhas durante o Ramadhan. Isto também é incorreto.

26)   Algumas pessoas dizem que você não pode engolir a saliva durante o Ramadhan. Isto também é incorreto.

27)   Algumas pessoas crêem que você não pode usar óleos perfumados ou perfumes durante o Ramadhan. Isto é incorreto.

28)   Algumas pessoas acreditam que o sangramento quebra o jejum. Isto não é verdade.

29)   Algumas pessoas acreditam que se você vomitar por acidente isto quebra o seu jejum. Isto não é verdade, a menos que você vomite intencionalmente.

30)   Algumas pessoas pensam que você não pode colocar água em seu nariz e na boca durante o Wudhu no Ramadhan. Isto é incorreto.

Por Sheikh Ahmad Musa Jibril

A IMPORTÂNCIA E O SIGNIFICADO DO RAMADAN PARA OS MUÇULMANOS




O jejum no mês de Ramadan (nono mês do calendário islâmico) é um dos cinco pilares do Islam, e consiste no ato de abster-se, desde o raiar da aurora (oração da alvorada) até o pôr-do-sol (oração do crepúsculo), da ingestão de qualquer espécie de alimentos e bebidas, assim como fumar e manter relações sexuais. Este período pode ser maior ou menor, já que utilizamos o calendário lunar, que é móvel.

Dependendo do mês e estação do ano correspondente no calendário solar, podemos jejuar no inverno, de dias curtos e frios , no verão, de dias longos e quentes, e outras vezes em períodos intermediários. Isso faz com que haja uma equidade entre os muçulmanos no mundo inteiro, pois todos acabam praticando o jejum nas mais diferentes épocas do ano ao longo de suas vidas, não havendo vantagens em se jejuar em um local ou outro. Mais uma das inúmeras provas da justiça, do amor e da clemência de Deus para com as Suas criaturas. 

O jejum é obrigatório para todo muçulmano que tenha atingido a puberdade e que goze de perfeita saúde física e mental.
A gestante e a lactante, a mulher menstruada ou em resguardo pós-parto e os enfermos ou em viagem estão isentos do jejum, devendo repor os dias não jejuados após o término do período que o impossibilita de jejuar. Esta reposição será feita após o mês sagrado, podendo ser em dias alternados ou seguidamente, mas terá como prazo o último dia antes do início do próximo mês de Ramadan. Para o idoso ou portador de uma doença incurável, o jejum deixa de ser uma obrigação, devendo fornecer uma refeição a um necessitado (ou o valor equivalente) por cada dia não jejuado, caso tenha condições.

É recomendado ao muçulmano que antes do início do jejum faça uma refeição leve (suhur), com frutas, sanduíches, biscoitos, bebendo também bastante líquidos, como leite, sucos e, principalmente, água. Pode não parecer, mas o efeito desta refeição antes do jejum, aconselhada e praticada pelo profeta Muhammad (Que a bênção e a paz de Deus estejam sobre ele), facilita, e muito, o jejuar ao longo do dia. Ao chegar o horário do término do jejum, deve-se quebrá-lo imediatamente, consistindo inclusive em pecado protelar a ingestão de alimentos por tempo além do estabelecido. 

SUHUR


É costume quebrar o jejum com água e algumas tâmaras, tal qual a sunna (prática) do profeta, pois este fruto possui propriedades que restabelecem rapidamente as condições do corpo, às vezes um pouco fragilizado por conta do jejum.
TAMARAS E ÁGUA

 Em seguida faz-se a oração do crepúsculo, e aí sim completamos o desjejum com uma refeição maior (iftar). Mas, ao quebrar o jejum, não se deve comer muito depressa, nem em quantidades gigantescas, e sim apenas o suficiente para sentir-se satisfeito. Afinal, como disse nosso amado profeta Muhammad (Que a bênção e a paz de Deus estejam sobre ele): "Ao se alimentar, dividam o estômago em três partes: uma para o alimento, outra para a bebida e outra para o ar".

IFTAR

O caráter sublime do Jejum no mês de Ramadan
Engana-se quem pensa que o jejum é apenas deixar de comer e beber. A privação não é a finalidade desta adoração, mas sim os inúmeros benefícios que estão por detrás desta ação. Apesar de o jejum parecer difícil, ele não é de forma alguma imposto como uma punição, e sim como um ato de devoção e autodisciplina. A esse respeito, disse o profeta Muhammad (Que a bênção e a paz de Deus estejam sobre ele):
"Ao muçulmano que não deixar de dizer inverdades e não abandonar todas as formas de maldade no Ramadan, não lhe adiantará jejuar, pois a Deus não interessa que ele deixe apenas de comer e beber"
Sabendo disso, o muçulmano encara este mês como uma fase de extrema adoração e autorreflexão, na qual ele observa os pontos de sua vida em que precisa progredir, e esforça-se ainda mais para não cometer faltas. Afinal, um pecado cometido em um mês sagrado de forma alguma é algo desejado, ao mesmo tempo em que uma boa ação neste período resulta em recompensas muito maiores a quem a pratica.

Isso se deve ao fato deste ser o melhor mês do ano, o mais abençoado, aquele no qual Deus fez descer pelos sete céus o Alcorão Sagrado, guia e orientação para a humanidade. Também no mês de Ramadan foram revelados os livros sagrados anteriores, conforme o seguinte hadith (dito) do profeta Muhammad (Que a bênção e a paz de Deus estejam sobre ele):
"As páginas de Abraão foram reveladas no primeiro dia de Ramadan, a Torá aos seis dias de Ramadan, e o Evangelho foi revelado treze dias passados do Ramadan"
Nesse período, o muçulmano exercita a sua paciência e o domínio do seu próprio corpo, bem como dos desejos da alma, o que é altamente benéfico. O aumento do autocontrole facilita o caminho do fiel pela senda reta, na medida que ele se afasta mais facilmente das tentações que lhe recaem inevitavelmente ao longo da vida. Isso serve de preparação para que o muçulmano tenha o mesmo pensamento, a mesma devoção, a mesma determinação na prática de boas ações e a mesma tolerância e firmeza contra os pecados e toda a sorte de ilicitude nos demais meses do ano. Ou seja, aquele que compreende este verdadeiro sentido do Jejum no mês de Ramadan, e passa a aplicá-lo durante toda a vida, dá um enorme passo para viver plenamente de acordo com as normas que Deus estabeleceu para nós por meio do Din (sistema de vida).
Os motivos e benefícios da prática do Jejum no mês de Ramadan
Este pilar da religião está determinado claramente no Alcorão Sagrado:
"Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que tenham temência a Deus e sejam piedosos. (...) Ramadan é o mês em que foi revelado o Alcorão, evidência de orientação e discernimento para a humanidade. Então, quem de vós presenciar esse mês, que nele jejue."

Alcorão: Sura da Vaca (Al-Bácara - 2:183-185)
Somente o fato de estar relatado no livro sagrado já seria suficiente para legitimar a prática do jejum. Afinal, muçulmano é todo aquele que se submete voluntariamente à vontade de Deus e, dessa forma, quando recebe uma ordem do Seu Criador, dá apenas uma frase como resposta: "Ouço e obedeço". No entanto, basta refletirmos um pouco mais sobre o espírito sublime do Jejum no mês de Ramadan, como descrevemos acima, para descobrirmos outros diversos benefícios e motivações para a sua prática.
A) Integração da comunidade
Durante o mês de Ramadan é comum visitar os amigos e familiares, assim como a realização de quebras de jejum em conjunto nas mesquitas, onde os muçulmanos compartilham os benefícios e as experiências obtidas neste mês sagrado. Isso faz com que a união entre eles prevaleça por intermédio do exercício religioso, já que todos estão sintonizados no mesmo espírito do jejum, mantendo a unidade da Ummah (nação islâmica).
B) Aprendizado da arte de se adaptar
Todos nós temos problemas em nossas vidas, e precisamos constantemente criar maneiras de lidar com eles a fim de resolvê-los. O ser humano está em constante processo de aprendizado, e em muitas ocasiões precisa se adaptar a situações com as quais não está acostumado ou que o desfavorece. Nesse sentido, o jejum exercita a capacidade de adaptação de cada um, fazendo com que o muçulmano conheça a si próprio, profundamente, dentro de seus limites. Isso permite que no futuro ele possa desempenhar as mais variadas funções, ainda que não as domine plenamente, simplesmente pelo fato de ter facilidade em se adaptar.
C) O jejum e a saúde
Diversos médicos e nutricionistas já confirmaram os benefícios trazidos por dietas controladas, que incluem muitas vezes períodos de jejum.

Uma pesquisa divulgada em outubro de 2007 no Journal of Lipid Research mostrou que o jejum pode diminuir a quantidade de células gordurosas no organismo e acelerar os mecanismos de quebra de células adiposas, o que contribuiria para a prevenção de doenças como obesidade, diabetes tipo 2, problemas cardíacos e sanguíneos.
D) Valorização das bênçãos de Deus
O jejum traz a lembrança de que a comida e a bebida são privilégios concedidos por Deus, nos fazendo pensar sobre a importância desta bênção de Deus para conosco justamente ao nos privarmos da alimentação. Isso faz com que agradeçamos e valorizemos uma das benesses que Ele nos dá todos os dias e sem a qual não podemos viver, que é a possibilidade de comer e beber.

Assim como o Ramadan molda o seu comportamento ao longo de um mês e serve de preparação para que o muçulmano repita essa boa postura nos outros meses, o jejum parte de um ponto de conscientização - a valorização do alimento - para nos lembrar de agradecer por todas as outras bênçãos de Deus que, embora estejam à nossa frente, não nos recordamos em nosso "atribuladíssimo cotidiano". Alguém conseguiria viver sem o sol, por exemplo? Poderíamos dispensar a água do mar, que nos dá, entre outras coisas, a própria chuva, como Deus diz no Alcorão? Acaso poderíamos viver se na Terra não houvesse condições para a vida humana, como a água, a atmosfera, a camada de ozônio?

Como organizaríamos nossa vida se não existisse o dia e a noite? Se os planetas não se movessem, especialmente a Terra em suas trajetórias de rotação e translação, não existiriam esses períodos intercalados. E quem mantém o Universo nesta forma perfeita para a nossa sobrevivência? Isso sem falar na incrível máquina que é o corpo humano, divinamente criado, literalmente.

Somente Deus é responsável por nossas vidas, Munificente e Provedor por excelência, e por isso somente a Ele devemos total adoração e agradecimento. E o abençoado período do Ramadan nos faz recordar de tudo isso, sendo assim um dos principais motivos para a prática do jejum.
E) Criação de um novo olhar para com o seu semelhante
Uma vez revitalizados com a consciência da importância das bênçãos diárias de Deus em nossas vidas, impossível sairmos do mês de Ramadan com a mesma impressão de antes. O jejum não só permite que valorizemos o alimento, como também nos faz lembrar daqueles que não possuem as mesmas condições que nós. Uma coisa é sabermos pelo noticiário e pelas estatísticas que milhões de pessoas passam fome no mundo. Outra bem diferente é sentir na pele o que elas sentem.

Afinal, ao abrirmos a geladeira e a encontrarmos sempre cheia, com a permissão de Deus, nos esquecemos rapidamente de qualquer notícia ruim. Mas e aqueles que não possuem nem mesmo um lugar para morar, quanto mais uma geladeira? Estes se lembram, todo dia e da pior forma possível, o que é sentir fome e sede.

Ao longo do mês de Ramadan, o muçulmano desenvolve um novo olhar para com estas pessoas. Cria-se um sentimento humanitário e de solidariedade muito maior, estimulando-o a ajudar os mais necessitados durante toda a sua vida, sempre que possível. A caridade é uma ação extremamente relevante e recomendada pelo Alcorão, tendo valor inestimável aos olhos de Deus.

Em última análise, o mês de Ramadan serve para trazer ao muçulmano a consciência de seu papel social, pois, como disse o profeta Muhammad (Que a bênção e a paz de Deus estejam sobre ele), "Não é crente aquele que dorme saciado e tranquilo em sua casa sabendo que seu vizinho está com fome".
Fontes:
Alcorão Sagrado
Islam: a sua crença e a sua prática.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

O MASBHA





O masbaha é uma das ferramentas usadas para o dhirkr, uma técnica de memorização, por meio de repetição. O nome masbaha é usado por muçulmanos, porém os cristãos chamam de terço ou rosário, e os budistas o chamam de mala. O terço de 33 contas, divididas em grupos de 11, ou de 99 contas, divididas em grupos de 33, são usados por cristãos e muçulmanos. O terço de 27, 54 ou 108 contas é usado por budistas. A conta divisória possui um formato diferente das outras, sendo em geral, mais arredondada ou achatada. 

O masbaha, geralmente, é usado para fazer orações e repetir os 99 nomes de Allah (Deus), para cada conta, e fazer a glorificação de Deus depois da oração regular. Cada um dos 99 nomes tem um significado, como "Al-Rahman" (O Misericordioso), "Al-Aziz" (O Poderoso), "Al-Hafiz" (O Protetor). É dito, que o masbaha de 33 contas, representa para os cristãos, os 33 anos da existência terrena de Cristo, enquanto que os de 99 contas representam os 33 anos, multiplicado por três manifestações de Deus Pai, Deus Filho, e do Espírito Santo.

O Masbaha pode ser usado tanto por homens quanto por mulheres, para oração ou para simplesmente relaxar, movimentando as contas entre os dedos; os povos orientais acreditam que o masbaha é transmissor e detentor de energia positiva, e eliminador de energia negativa, e tensão nervosa. Por isso é comum ver muitos árabes portando um masbaha frequentemente nas mãos, para descontrair ou passar o tempo. 

Seu uso não é muito aprovado pelos sheiks, que alegam que seu uso ostensivo, contraria os ensinamentos de discrição e modéstia, todavia, eles também não os proíbem. Muitas pessoas o utilizam ainda como decoração, em casa, no escritório, ou no carro. No Islã o Masbaha não é considerado um amuleto, e nem todos aprovam o uso, justificando que ele é apenas um instrumento de contagem, através das contas, nós de um cordão, ou as falanges dos dedos. 

Entretanto, os wahabistas desaprovam totalmente o uso do masbaha, argumentando que Maomé só usava os dedos de sua mão direita, e que é assim que todos os muçulmanos devem orar. Os muçulmanos também não o usam no pescoço, para não desvirtuar sua função, que não é de proteção e nem de adorno. O masbaha pode ser feito com contas de madeira, de sementes de oliva, de marfim, de osso, de lã, de pedras, de âmbar, pérolas ou de plástico.

SÍMBOLOS ISLÂMICOS: CONHEÇA A FUNDOS OS SÍMBOLOS

islamismo, ou Islã, é conhecido como a religião das pessoas crentes de Allah, uma forma de se referir a Deus. Eles acreditam no profeta Maomé que viveu no Oriente e lhes deixou muitas mensagens de amor, compaixão e cuidados.
Devido a alguns radicalismos, esta religião teve o seu nome sujo algumas vezes, mas nunca podemos tomar como sinônimos “muçulmanos” como “terroristas”, visto que terroristas também podem ser cristãos, qualquer um que cometa uma atrocidade.
Vamos conhecer agora os principais símbolos desta magnífica religião e os seus significado


SÍMBOLOS DO ISLAMISMO: LUA CRESCENTE COM ESTRELA

A lua crescente com estrela é talvez o símbolo mais conhecido do Islã.
Há também a referência ao calendário lunar, que antes era muito mais utilizado pelos otomanos nas regiões árabes.e Figurada em diversas bandeiras, este símbolo mostra-nos a revolução e Símbolos do islamismo - Lua crescente com estrela
a vida. Onde a estrela significa a estrela d’alva (às vezes o Sol) e a lua, a noite. Assim, os dias e a imensidão do universo são representadas por um símbolo de amor e grandiosidade.





Símbolos do islamismo - Mão de Fátima
SÍMBOLOS DO ISLAMISMO: HAMSÁ OU MÃO DE FÁTIMA

O hamsá, também conhecido como mão de Fátima, é um símbolo muito conhecido e, às vezes, nem é associado ao Islã. Muitas pessoas costumam tatuá-lo enquanto um amuleto de proteção e lembrança dos princípios sagrados: a oração, a caridade, a fé, o jejum e a peregrinação, todos representados pelos cinco dedos.
Fátima era conhecida como a filha de Maomé que, de tão pura e bondosa, não mostrava nenhuma negatividade. Ela serve até hoje como modelo para todas as mulheres que procuram a cura de seus pecados




SÍMBOLOS DO ISLAMISMO: ALCORÃO


O Alcorão, também conhecido como Corão, é o livro sagrado do islamismo, onde as palavras ali escritas foram direcionadas por Deus para o profeta Maomé, assim ele as escreveu como doutrina, ensinamento e deveres a todos os muçulmanos. Ele é originalmente escrito em árabe clássico, sendo uma língua muito aprendida hoje dia





SÍMBOLOS DO ISLAMISMO: ZULFIQAR

A Zulfiqar (pronunciada como “Zuficar”) seria a espada de Maomé, com várias referências mesmo fora do Alcorão. Hoje ela aparece em várias bandeiras referentes ao islamismo e à religião muçulmana. Ela simboliza a força, o heroísmo e a perseverança frente a todos os problemas da vida.


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ESPIRITUALIDADE MUÇULMANA

Os excessos de segmentos do islamismo não devem ser confundidos com a religião que professam, assim como as Cruzadas e a Inquisição não expressam a essência do Cristianismo, muito pelo contrário.

Islã significa “submissão” a Deus (ALLAH). Abraão foi o primeiro submisso (muslim = muçulmano) e depois teve como seguidores de sua espiritualidade (islã) José, os profetas do Antigo Testamento e Jesus.

Esse monoteísmo abraâmico teria sido deturpado por hebreus e cristãos. Porém, no século VII, o profeta MUHMMAD(QUE A PAZ ESTEJA COM ELE) o restituiu à sua pureza original após ter recebido de Allah, por via do anjo Gabriel, o Alcorão (que significa “livro por excelência”).

Trata-se de um belo poema, todo em dialeto árabe, harmônico em suas rimas e assonâncias, cujas traduções não expressam sua musicalidade. Ao contrário da Bíblia, que judeus e cristãos consideram inspirada por Deus, o Alcorão teria sido ditado. Equivale, para os muçulmanos, ao mesmo que o Evangelho para os cristãos.

Os discípulos de Muhammad se dividem, basicamente, entre sunitas, a maioria, que se consideram fiéis ao fundador do islamismo, e xiitas, seguidores de Ali, pois consideram este primo e genro do Profeta o que melhor vivenciou o que o sogro vislumbrou. Ao contrário do que se pensa, hoje os que abraçam o fundamentalismo na política são predominantemente sunitas, e não xiitas.

A religião muçulmana atrai tantos fiéis graças à sua simplicidade. Dispensa hierarquias, não incute culpa e exige obediência inquestionável a seus preceitos. Sua espiritualidade se apoia em cinco pilares: crer que não há outro Deus senão o que enviou Muhammad; orar cinco vezes ao dia; dar esmolas; jejuar no mês do Ramadã (o nono mês do calendário islâmico); e fazer peregrinação a Meca.

Os muçulmanos têm fé em Deus, nos Profetas, nas Sagradas Escrituras (incluindo o Evangelho), na predestinação (não no fatalismo), na ressurreição e no Juízo Final.
A Jihad, que literalmente significa “empenho no caminho de Deus” e não guerra santa, implica em defender a religião e os territórios muçulmanos. Os terroristas, contudo, a alardeiam para justificar sua interpretação fundamentalista, embora o adjetivo “muslim” (= muçulmano) signifique “pacífico”.

A espiritualidade islâmica é rica em tradições místicas, como os sufistas. “O sufi é um bêbado sem vinho; um saciado sem comida; um tresloucado sem alimento e sono; um rei em manto humilde; um tesouro dentro de ruína; não é feito de ar, terra ou fogo; é um mar sem limites” (Rumî [1207-1273]). Os poemas de Rumî são de profunda densidade espiritual, o que faz pensar que talvez tenham sido lidos por místicos cristãos como Mestre Eckhart e João da Cruz.


Fomentar o preconceito aos muçulmanos é ceder ao jogo maniqueísta do terrorismo e rechaçar uma tradição rica em sabedoria e espiritualidade. Há que separar o joio do trigo. 
E convém recordar que foi o Ocidente “cristão” que exterminou os indígenas da América Latina, promoveu a escravidão, expandiu o colonialismo, desencadeou duas Grandes Guerras e, hoje, idolatra o capital acima dos direitos humanos.


terça-feira, 22 de maio de 2018

QUAIS SÃO OS TRAJES TÍPICOS DOS PAÍSES ISLÂMICOS E O QUE REPRESENTAM?

Os turbantes e túnicas usados hoje nos países árabes são quase idênticos às vestes das tribos de beduínos que viviam na região no século VI. “É uma roupa que suporta os dias quentes e as noites frias do deserto”, afirma o xeque Jihad Hassan Hammadeh, um dos líderes islâmicos no Brasil. A partir do século VII, a expansão do islamismo difundiu esse vestuário pela Ásia e pela África, fixando algumas regras. A religião não permite que os fiéis mostrem em público as “partes íntimas” – para os homens, a região entre o umbigo e o joelho; e, para as mulheres, o corpo inteiro, exceto o rosto e as mãos. Por esse motivo, as vestes não podem ter nenhuma transparência nem serem justas a ponto de delinear o corpo. “Essas partes só podem ser vistas pelo cônjuge e alguns familiares. Dentro de casa, portanto, veste-se qualquer roupa”, diz Jihad. Existem também normas para diferenciar a aparência feminina da masculina. Os homens não devem usar objetos de ouro ou seda.
Recomenda-se também que tenham barba, para distanciar-se ainda mais da estética feminina e assemelhar-se aos antigos profetas. Entre os religiosos xiitas, há o costume de vestir preto, em sinal de luto pela morte, em 680, de seu patriarca Husayn, filho de Ali, o quarto califa, que consideram sucessor legítimo de Maomé.
Vestidos a rigor
Simbolismo das roupas de origem árabe varia conforme a região

Vestidos a rigor
Simbolismo das roupas de origem árabe varia conforme a região
Icharb
Na maioria dos países árabes, as mulheres utilizam roupas semelhantes às túnicas masculinas e, na cabeça, um lenço que deixa só o rosto à mostra. O nome deu origem ao francês écharpe



Xador
O Alcorão determina que as mulheres se vistam de forma a não atrair a atenção dos homens. Esse mandamento é levado ao pé da letra em países como Irã e Arábia Saudita, onde se recomenda o uso do xador, uma veste que envolve o corpo todo, com exceção dos olhos


Burqa
As vestes femininas são conhecidas pelos árabes como hijab, ou “cobrimento”. As partes do corpo que a mulher deve cobrir, no entanto, variam de acordo com o país. No Afeganistão, o Taleban instituiu o uso da burqa, uma versão radical do xador que cobre até os olhos


Cafia
Traje muito comum no Oriente Médio, que consiste em um pano quadrado preso por uma tira chamada egal (também agal, igal ou ogal). Por baixo dela, uma touca prende o cabelo. Sua origem remonta aos beduínos, que a utilizavam como máscara protetora contra o frio e contra tempestades de areia. A cor da cafia e da tira que a prende indicam o país e a região em que a pessoa nasceu. A versão quadriculada em preto e branco, consagrada por Yasser Arafat, é típica dos palestinos


Abaia
É uma grande capa de lã. Os beduínos a carregavam em volta do corpo durante o dia e a vestiam à noite para se esquentar. Também a utilizavam, junto com um cajado, para improvisar uma cabana que os protegesse do sol


Túnica
A principal peça do vestuário árabe é esse “vestido” de manga comprida que cobre o corpo inteiro. Ela costuma ser clara e larga para refletir os raios solares, fazer o ar circular e refrescar o corpo durante o dia. O corte e o material variam em cada país, podendo receber nomes como caftan, djellabia, dishdasha ou gallibia


Cirwal
Calça larga, usada por baixo da túnica. Acredita-se que foi uma invenção dos persas, adotada pelos árabes a partir do século VII. É feita para permitir a liberdade de movimentos e foi muito utilizada entre soldados e camponeses. Deu origem à palavra “ceroula”


Tarbush
Também conhecido como fez, trata-se de um pequeno chapéu de feltro ou pano, algumas vezes utilizado em conjunto com um turbante. Tornou-se muito popular durante o Império Otomano, quando foi incorporado ao traje oficial do governo


Ihram
Durante as peregrinações, como as que todo muçulmano deve fazer à Meca, os fiéis ficam descalços, sem qualquer tipo de adorno e cobertos apenas por duas toalhas brancas. Essa veste, conhecida como ihram, retira do corpo todos os sinais de poder e riqueza para mostrar que todos são iguais perante Deus


Turbante
De origem desconhecida, já era utilizado no Oriente muito antes do surgimento do islamismo. Consiste em uma longa tira de pano – que, às vezes, chega a 45 metros de comprimento – enrolada sobre a cabeça. As inúmeras formas de amarrá-lo compõem uma linguagem: o turbante indica a posição social, a tribo a que a pessoa pertence e até o seu humor naquele momento