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domingo, 20 de maio de 2018

IRMÁ MUÇULMANA CUIDADO: COM O CASAMENTO TEMPORÁRIO

O casamento no Islã é um laço muito forte, um contrato comprometedor, baseado na intenção de ambos os conjugues de conviverem permanentemente a fim de atingir, como indivíduos, os benefícios do repouso, do afeto e da misericórdia que estão mencionados no Alcorão, bem como para alcançar a meta social da reprodução e perpetuação da espécie humana:

”Deus vos designou esposas de vossa espécie e delas concedeu filhos e netos e vos agraciou com todo o bem.” 
(16ª:72)

Já no casamento temporário(ou casamento do prazer, chamado em árabe de mutaa), que é contrato por duas pessoas para durar um determinado tempo especifico em troca de um valor predeterminado de dinheiro, os propósitos acima citados do casamento não se realizam. Enquanto o Profeta (que a paz esteja com ele) permitiu casamentos temporários durante viagens ou campanhas militares antes de se completar o processo legislativo Islâmico, mais tarde ele o proibiu tornando-o ilícito para todo o sempre.
A razão de ele ter sido permitido no começo foi a de que muçulmanos estavam passando pelo que pode ser chamado de período de transição pré-Islâmico para o Islam. A fornicação era muito comum e muito difundida entre os árabes pré-Islâmicos. Após o advento do Islam, quando eles tiveram necessidade de participar de campanhas militares encontraram-se sob fortes pressões devido a ficarem longe de suas esposas por longos períodos. Entre os crentes havia alguns que eram fortes em sua fé e outros que eram fracos. Os fracos temiam serem tentados a cometer o adultério, um pecado capital e um péssimo costume, enquanto que os que eram fortes, por outro lado, estavam dispostos a se castrarem, como narrado por Ibn Mas´ud:
”Participávamos de uma expedição com o Mensageiro de Deus e não trazíamos nossas esposas conosco, portanto perguntamos ao Mensageiro de Deus: Não deveríamos nos castrar? Ele nos proibiu de fazê-lo, mas permitiu-nos de contrair matrimonio com alguma mulher contratada até certa data, dando a ela uma vestimenta como dote (mahr).” (Al-Bukhari e Muslim)
Desse modo, o casamento temporário proporcionou uma solução ao dilema em que tanto os fracos quanto os fortes se encontravam. Foi também um passo para a legalização definitiva da vida marital completa em que se realizariam os objetivos de permanência, castidade, reprodução, amor e misericórdia, bem como o alargamento do circulo de relacionamentos através do casamento.
Podemos lembrar que o Alcorão adotou um curso gradual para a proibição de bebidas e da usura, uma vez que esses dois males eram amplamente difundidos e profundamente arraigados na sociedade pré-Islâmica. Da mesma maneira, o Profeta adotou um processo de graduação com respeito ao sexo, inicialmente permitindo o casamento temporário como um passo para afastamento da fornicação e do adultério, e ao mesmo tempo de aproximação ao relacionamento marital permanente. Mais adiante ele o proibiu completamente, como foi relatado por imam Áli(R) e muitos dos outros companheiros. Muslim relatou isto em seu Sahih, mencionando que Al-Juhani estava com o Profeta quando da conquista de Macca e que o profeta deu permissão a alguns Muçulmanos de contratarem casamentos temporários, Al-Juhani disse: Antes de deixar a Mecca o Mensageiro de Deus disse:  "Deus tornou-o ilícito até o Dia do juízo Final."
Permanece a questão, portanto o casamento temporário (mutaa) é categoricamente ilícito como o casamento com a própria mãe ou filha ou é como a proibição relativa ao consume de carne suína ou carniça, que se torne permissível em caso de necessidade premente, sendo a necessidade neste caso o temor de cometer o pecado de fornicação?
A maioria dos companheiros mantinha a opinião de que após a consolidação da legislação islâmica, o casamento temporário tornou-se inteiramente ilícito. Ibn Abbas, no entanto, emitiu uma opinião diferente, permitindo-o sob premência da necessidade. Uma pessoa perguntou-lhe sobre o casamento com mulheres numa base temporária e ele permitiu a ele de fazê-lo. Um servo dele perguntou então: Isto não é só para condições de premência, quando as mulheres são poucas e outras parecidas? Ele respondeu: Sim. Mais tarde, porem, quando Ibn Abbas viu que as pessoas tinham relaxado e estavam consumando casamentos temporários sem necessidade, ele revogou seu regulamento e sua opinião. (Albukhari e Muslim)

Obs: O casamento temporário é um tipo de fornicação (prostituição) legalizada pelos xiitas e é praticada por eles em nome do Islam!

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